Todos temos um Caminho a percorrer. E mesmo que se vá em grupo o Caminho é sempre "nosso", porque cada um sabe como vai e porque o faz, cada dia que passa ganhamos um motivo...parece mágico! Isabel Vilhena

Quarta-feira, 17 de Junho de 2009
Missão "Cumprida"

Ora, os 4 caminheiros que iniciaram o Caminho Inglês, já chegaram no dia 10 de Junho, um dia mais cedo que o previsto, também, não era para menos, pois desde que chegaram a Ferrol até Santiago de Compostela foi sempre, chuva, vento e frio.

Esperamos agora que o Tozé não demore a fazer o Diário de Caminho...mas enquanto faz e não faz o diário deixo-vos aqui com umas fotos, para vos aguçar a vontade de ver as próximas...

 

 

 Aqui estão as t-shirts de este ano, a minha é diferente e ainda há outra diferente, que mais tarde hei-de colocar aqui...

 

Se alguém encontrou um grupo de 4 pessoas com estas

t-shirts pela Galiza, é só para dizer que eles são boas pessoas!!!!

 

Começaram o Caminho Inglês este grupo....que bem acompanhado que ele foi, hã?? 

 ...e começaram, como podem ver com chuva...

 

e continuaram com chuva...

 

 

...e chegaram com chuva...

O caminho tem destas coisas...

de um lado começaram  4 pessoas, do outro começaram 5 pessoas, conheceram-se todos no Caminho, acabaram o Caminho Inglês um grupo de 9 amigos

 

Agora falta o resto...

Até breve.

 

 

 



publicado por Bolhas e Ampollas às 13:52
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Sexta-feira, 5 de Junho de 2009
Aveiro - Estarreja - Esmoriz - Ferrol - Santiago de Compostela

Caminho Inglês

 

 Mais um ano, mais uma peregrinação a Santiago de Compostela.

Hoje partem para La Coruña o nosso grupo, ou seja parte dele, na verdade só vai a Olinda de Aveiro, o Tozé e a Sandra de Estarreja e a "noviça" Vera de Esmoriz.

Ora eles vão hoje até La Corunã, chegam lá as 06.00h. já do dia 6 e vão logo para Ferrol, onde vão iniciar a peregrinação até Santiago de Compostela.

Como já podem ver a peregrinação deste ano de 2009 é

FERROL - SANTIAGO DE COMPOSTELA ou seja o

CAMINHO INGLÊS

 

Mais uma vez, eu fico, pois ainda é tempo de aulas...mas depois temos o Tozé para escrever o diário Caminho, o tempo que aí vem não é o melhor pois dá muita chuva para a Galiza, vai ser uma experiência nova, fazer o Caminho com chuva, já que nós acertamos sempre com as semanas mais quentes!!!!

Esperamos pelas fotografias!!...

Bom Caminho aos quatro.

Ultreya

 

Isabel

 

 


sinto-me:

publicado por Bolhas e Ampollas às 16:15
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Domingo, 3 de Maio de 2009
Noticia do "Jornal de Noticias"

Esta noticia saiu no "Jornal de Noticias" hoje, 3 de Maio de 2009, aqui está a que saiu na edição on-line mas podem ler no JN na pagina 16.

 

 

 

 

                                                                                   

 

Caminhos lusos para Santiago estão em alta

Peregrinação. São esperadas largas centenas de peregrinos portugueses em Compostela

<input ... >2009-05-03

PEDRO VILA-CHÃ

Se o ano de 2008 já havia sido generoso, com cinco mil peregrinos a trilharem os caminhos portugueses de Santiago de Compostela, os poucos meses de 2009 deixam antever que seja alcançado um novo recorde.

As razões para o sucesso dos caminhos lusos encontra-a Amaro Franco, da Associação Espaço Jacobeus (instituição responsável em Portugal pela distribuição da Credencial do Peregrino), na aposta nacional no melhoramento das condições das diversas vias até ao túmulo do Apóstolo São Tiago Maior, em Compostela.

"Após a Semana Santa, período em que se verifica grande adesão ao fenómeno da peregrinação jacobeia, este fim de semana foi eleito por mais de duas centenas de pessoas para peregrinarem, devido ao feriado de ontem (1 de Maio). No total são cerca de 250, na grande maioria deslocando-se de bicicleta", assinala Amaro Franco. Mas está prevista a chegada, hoje, de largas centenas de peregrinos portugueses à Praça do Obradoiro (Santiago de Compostela).

Os últimos anos assinalaram um grande investimento nos Caminhos. Foram desbravados alguns (por exemplo entre Guimarães e Braga) e colocada sinalética que facilita a vida aos peregrinos. "Os caminhos portuguêses são os que apresentam maior potencial, por apresentarem vários etinerários, cada vez mais indicados e com muitos pontos de apoio. Além disso, foram editados guias em várias línguas, com todo o percurso, desde o Porto e Lisboa, pois só existia de Valença até santiago", explica Amaro Franco.

Acresce a estes factores associados ao investimento nos caminhos lusos uma sobrelotação do caminho francês que, segundo Franco, "está demasiado comercializado". Apesar de ser o eleito por 90 por cento dos peregrinos, o caminho francês começa a apresentar defeitos da massificação, sendo difícil encontrar aí o espírito de peregrinação que requer silêncio e alguma solidão até.

"Nos caminhos portugueses encontra-se o espaço ideal, até porque ainda é algo inusitado para as populações residentes. Verifica-se um grande intercâmbio entre quem vai no caminho e quem vê passar", destaca Amaro Franco.

in "Jornal de Noticias" 03/05/2009



publicado por Bolhas e Ampollas às 10:28
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Quarta-feira, 15 de Abril de 2009
Tertúlia sobre os Caminhos de Santiago em Estarreja

No dia 22 de Abril, pelas 21.00h, na Junta de Freguesia de Beduído em Estarreja, vai realizar-se uma Tertúlia que tem por tema

"São Tiago: Histórias&Lendas".

Promovido por a AEJ - Associação Espaço Jacobeu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



publicado por Bolhas e Ampollas às 19:16
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Quinta-feira, 29 de Janeiro de 2009
Um pouco da vida de Santiago

 

 

São Tiago «o Maior»
História e Lenda
História
O nome de “São Tiago”:
“Santiago” é a expressão actual em língua castelhana (Espanha). Antigamente dizia-se:
“San’ Iago”, “San Jacob” ou “Sanctus Iacobus”.
“Iago” é a derivação do nome grego com o qual o nomeavam no Novo Testamento:
“Iacobos”. Por sua vez, este nome grego deriva do hebraico “Iacob”, como o patriarca Jacob.
No Novo Testamento encontramos vários São Tiago(s):
- O filho de Zebedeu (Mc 3, 17); o filho de Alfeo (Mc 3, 18); São Tiago menor (Mc 15, 40).
Em português diz-se São Tiago. A tradição denominou o de “o Maior” para o distinguir de São Tiago Menor, contemporâneo de Jesus e figura também proveniente da primitiva Igreja de Jerusalém.
Em Santiago de Compostela encontra-se o túmulo de São Tiago, o Maior, filho de Zebedeu.
 
Entorno familiar:
São Tiago, o Maior, era filho de Zebedeu (Mc 1, 19) e de Salomé (Mt 27, 56) e tinha como irmãos João, também apóstolo (Mc 1, 19-20; 3, 17).
Não há registos sobre Zebedeu para além da sua mencionada paternidade. De sua mãe Salomé, sabemos que era uma das mulheres que seguiu Jesus desde a Galileia e que se encontrava ao pé da Cruz (Mc 15, 40). Era, possivelmente, irmã de Maria, mãe de Jesus.
São Tiago e a sua família eram originários de Yafia, transladados para Betsaida e habitavam nas cercanias de Cafarnaúm. Possuíam uma empresa familiar dedicada ao negócio da pesca nas margens do lago de Generaset. A esta empresa familiar estavam associados outros dois irmãos: Pedro e André (Lc 5, 3-11). Ocasionalmente contavam com a ajuda de empregados (Mc 1, 20).
Deste pequeno círculo de pescadores, Jesus levou os seus quatro primeiros discípulos, Pedro e o seu irmão André, Tiago e seu irmão João. Salomé, mãe de Tiago e João segue-os.
 
Abandona tudo e segue Jesus:
Estes dois pares de irmãos, sócios e amigos, seguiram a chamada de Jesus “de imediato” (Mc 1, 16- 20). Quando empenhados no seu trabalho “sentiram a chamada de Jesus” (Mt 4, 21), abandonaram o negócio familiar (em frente do qual continuará Zebedeu e os jornaleiros) e empreenderam a “aventura do mestre da Galileia”.
Acompanharam Jesus durante os três anos da sua vida pública.
 
O grupo dos doze:
De entre todos os discípulos que o seguiram, Jesus instituiu um grupo de doze: era uma acção simbólica e profética; era o anúncio e a realização básica do novo Israel, representando a antiga estrutura das doze tribos (Mt 19, 28).
A tradição conservou quatro listas com o nome de doze apóstolos: Mt 10, 2-4; Mt 3, 16-19; Lc 6, 13-16; Actos 1, 13. O apóstolo Pedro preside a todas estas listas. São Tiago, o Maior, ocupa o segundo lugar depois de Pedro em Marcos e o terceiro lugar nas restantes listas. Isto indica o papel relevante do apóstolo no grupo dos doze. Mas para além de ser uma peça chave no grupo dos Apóstolos, São Tiago pertencia a um grupo mais reduzido: o grupo dos íntimos de Jesus.
 
O grupo intimo de Jesus:
Jesus teve uma relação muito especial com Pedro, Tiago e João. Eram o seu grupo de confiança. Frequentemente Jesus toma este grupo e leva-os “à parte” em momentos chave, em que eles seriam testemunhas excepcionais e exclusivas tais como.
- A ressurreição da filha de Jairo;
- A transfiguração do Tabor;
- A agonia no horto de Getsémani;
Em outras ocasiões, a este trio de confiança juntava-se André (irmão de Pedro). Encontramos estes dois pares de irmãos em vários episódios:
- São os primeiros a serem chamados;
- Acompanham Jesus na jornada de Cafarnaúm, a casa de Pedro;
- Interessam-se especialmente pelos projectos de Jesus, e, concreto, pela ruína de Jerusalém (Mc 13, 3-4).
 
 
Carácter de São Tiago:
O papel destacado de São Tiago deve-se, sem dúvida, ao facto de pertencer ao grupo mais antigo dos que seguiam Jesus. Mas seguramente, têm também muito a ver com o carácter e as atitudes de São Tiago.
Nos textos do Novo Testamento encontramos dados suficientes que mostram uma personalidade apaixonada, arriscada, ambiciosa e decidida. Tiago aparece como uma pessoa apaixonada, capaz de por tudo em jogo; como uma pessoa que é capaz de arrastar os demais e que não pára para medir consequências.
 
São Tiago mudou as suas expectativas e converteu-se ao projecto de Jesus:
Este carácter especial, ademais de ser uma característica pessoal, deve ser realçado sobre o fundo comum das expectativas messiânicas daquele grupo da galileia. São Tiago e o seu irmão João, assim como outros membros do grupo de Jesus, entendiam, no principio, o caminho de Jesus até Jerusalém como o momento propício para instaurar o tão ansiado Reino de David: um reino com dimensão basicamente social, politica e económica; Um reino que reivindicasse a autonomia de Israel e entrasse num processo revolucionário contra todo poder estrangeiro e contra toda a imposição que não fosse a exigida nas cláusulas da Aliança.
Esta claro que a expectativa dos irmãos tinha um ponto de vista equivocado porque Jesus não pensava num Reino em chave sócio-politica, nem sócio-revolucionaria. São Tiago teve que abandonar a sua perspectiva e compreender que o projecto de Jesus não era o de triunfar senão servir. Por isso, é admirável a capacidade de seguimento destes homens no meio da incompreensão, dos equívocos, das expectativas falidas e da incómoda postura de estar, continuamente, a descobrir caminhos imprevistos e arriscados, o que os converte em monumentos de fé.
 
Últimos anos de vida:
Depois da morte de Jesus, por volta do ano 30, temos pouca informação sobre a vida e actividade de São Tiago. Encontramo-lo expressamente citado nos relatos sobre as experiências de encontro com o Senhor Ressuscitado e, supõe-se, que estaria presente no encontro da Páscoa com os onze, onde se dá a verdadeira mudança de expectativas e de compreensão definitiva do projecto de Jesus.
São Tiago faz parte do grupo básico da Igreja primitiva de Jerusalém, com o grupo dos doze e, deduz-se, que deverá ter sido uma figura importante pelo facto de que Agripa I o escolheu, com Pedro, como figuras representativas para escarnecer desta primitiva comunidade eclesial.
São Tiago morre decapitado com uma espada por ordem de Herodes Agripa no ano 44. Foi o primeiro apóstolo a verter o seu sangue por Jesus. Conta uma lenda, cuja origem vem do tempo de Clemente de Alexandria, que a morte de São Tiago deu-se pela denúncia de um traidor, que ao escutar a firme profissão de fé de São Tiago, se arrepende e é também ele condenado, acompanhando São Tiago a caminho do local do martírio, ao mesmo tempo que lhe pedia perdão.
 
 
Lenda
Jesus tinha-lhes dito: "Sereis minhas testemunhas, em Jerusalém, em toda a Judeia, em Samaria e até ao fim da Terra (Act. 1, 8). Tinha, pois, que anunciar ao mundo o Evangelho. Onde lhe tocaria ir a S. Tiago? Desde a morte de Jesus até à data do seu martírio, passaram uns 10 ou 12 anos...
Tudo o mais que se conta acerca deste apóstolo pertence ao domínio da lenda. Tradições escritas dos primeiros séculos e narrações orais de muitos lugares da Galiza e Espanha falam das suas pregações. Pode resumir-se assim: Tiago, filho de Zebedeu, depois de pregar na Judeia e na Samaria, encaminhou-se para a Hispânia, evangelizando desde a Andaluzia até à remota e céltica Galiza. As lendas peninsulares acrescentam que o apóstolo, durante a sua estada na Hispânia, foi favorecido com uma aparição da Virgem Maria, então ainda viva, a pedir que lhe edificasse um templo: tal seria a origem do templo do Pilar. Dizem ainda que recrutou aqui alguns discípulos que o acompanharam até Jerusalém. Vendo que pouco aproveitava aqui a sua pregação, voltou para a Judeia onde converteu Fileto, discípulo de um Mago chamado Hermógenes, e por fim também este. Os Judeus, furiosos com estas conversões, dirigiram-se-lhe em tom insultuoso; muitos, porém, vieram a converter-se com a sua pregação e milagres. O sumo-sacerdote Abiatar levou então o povo a apoderar-se do apóstolo e a levá-lo a Herodes Agripa, que lhe mandou cortar a cabeça.
Foi o primeiro mártir de entre os apóstolos. Sucedeu isto em 25 de Março, mas a Igreja fixou-lhe a festa em 25 de Julho, data em que seu corpo foi trasladado para a Galiza.
O Papa Leão XIII, na Encíclica Deus Omnipotens, publicada em 1884, confirma a autenticidade das relíquias «depois de ter sido morto em Jerusalém, o corpo foi recolhido pelos seus discípulos Atanasio e Teodoro, os quais embarcaram com o Santo Corpo desembarcando nas costas de Espanha, correspondentes a região de Amaia, onde reinava D. Lupe; esta rainha era idólatra e muito pérfida; no entanto, os discípulos puderam-se livrar das maquinações com que ela os perseguiu  à sua chegada e movimentação, e penetrando no interior da região, deram sepultura ao Santo Corpo numa pequena colina, construindo um hipogeu e uma pequena igreja. Os discípulos permaneceram em sua custódia até que, à sua morte, foram enterrados ao lado do apóstolo, pelos naturais do país, que converteram ao cristianismo».
A lenda conta que, guiados por um anjo, os discípulos navegaram, numa barca de pedra, até a costa da Galiza, subindo depois o rio Ulla até Iria Flavia (hoje, Padron), o porto romano mais importante da zona, para depois enterrar o santo corpo na floresta vizinha, "Liberum Donum", e edificar um altar sobre uma arca de mármore.
Passaram-se séculos, durante os quais - por causa das perseguições e proibição de visitar o lugar, devida sem dúvida, à perseguição dos imperadores romanos contra o cristianismo - o túmulo cai no esquecimento. No início do século VIII, os árabes e muçulmanos invadiram a península ibérica, conquistando-a quase toda em nome de Alá e, ameaçando toda a Europa: naquela época pareciam imparáveis. A sua força é a unidade. Enquanto isto, os reinos cristãos do Norte da Espanha, ainda não invadidos (protegidos pela natureza hostil do território), pensavam mais em guerrear-se entre eles do que combater de forma organizada o inimigo comum.
No meio desta realidade geopolitica confusa, por volta do ano 813, na remota e esquecida Gaellecia (Galiza), o eremita e pastor Pelayo, começa a ver todas as noites, sobre o monte Librádon, misteriosas luzes sobre um túmulo de um campo (daqui parece derivar o nome de Santiago de Compostela, Campus Stellae). Em sonhos, o Apóstolo S. Tiago aparece-lhe e convida-o a escavar para que o seu sepulcro volte a luz. Pelayo corre a informar Teodomiro, bispo de Iria Flavia, que dá ordem de escavar; durante os trabalhos é encontrada uma arca de mármore dentro da qual se encontram os restos de um homem decapitado. Grita-se: "milagre". E anuncia-se a descoberta do túmulo de S. Tiago. Afonso II, o Casto, rei de Asturias e de Galiza, informa o Papa Leão III, Carlos Magno e outras personagens importantes da época, da descoberta, e faz edificar uma primeira igreja sobre o sepulcro, à volta do qual se desenvolve um pequeno burgo, para o qual transladou a sede episcopal de Iria. É a alvorada de Santiago de Compostela, a terceira cidade santa da cristandade, depois de Jerusalém e de Roma. E inicia-se a peregrinação que de toda a Europa cristã transporta cada vez mais numerosas multidões à tumba do Apóstolo.
Estas lendas são todas muito tardias: a da pregação na Hispânia não é anterior ao séc. VIII; a da translação para a Galiza desenvolveu-se por fins do primeiro quartel do séc. IX. O culto local do apóstolo, junto do túmulo que lhe foi atribuído, já estava estabelecido cerca do ano de 850. Na antiga liturgia hispânica, a festa celebrava-se a 30 de Dezembro.
 
 

                                                                                                    in "Associação Espaço Jacobeus"



publicado por Bolhas e Ampollas às 12:58
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Sábado, 20 de Setembro de 2008
Chaves - Santiago de Compostela 2008

 

Depois de tanto tempo de ausência aqui estou eu de novo...

Este ano os Caminheiros partiram de Chaves no dia 12 de Julho e chegaram a Santiago de Compostela a 19 de Julho.

Desta vez eu não fui, com muita pena minha, pois se fosse o diário já estava publicado há muito tempo, mas...mais vale tarde que nunca.

O diário foi feito pelo meu marido.

Este ano foram  mais 3 pessoas novas, como poderão ler. 

Boas leituras

 

 

Caminho de Santiago 2008 Chaves/Santiago de Compostela
“Diário de um peregrino”

 

 

Dia 12/07/2008: Saímos de Aveiro/Estarreja por volta das 06:45h, eu Batedor, Penetra e Multimédia (peregrino novo com vontade, determinação, consistente, intelectual, amigo e companheiro, bem aja) com destino a Chaves, nosso ponto de partida para Santiago de Compostela.
Chegamos por volta das 09:00h apeamos na Madalena/Chaves e “bota” na estrada, atravessando a linda ponte Romana com destino a uma visita obrigatória, Igreja Matriz e aí, carimbando os nossos passaportes para realmente dar início à nossa caminhada.
Saímos de Chaves pela estrada que vai para Outeiro Seco e mais á frente vira-mos á direita para o pontilhão, atravessando o rio Tâmega e seguindo junto a este por caminhos até ao açude, próximo da fronteira.
Ao atravessar-mos a fronteira entramos em terras de Espanha e estamos em Feces de Abaixo onde encontramos o primeiro marco a indicar que faltam 199,355 km até Santiago. Aqui paramos para comer um”bocadilho” e beber uma cerveja, rica em malte. Quando a barriga fica composta então é altura para continuar a andar. É um caminho árduo dado que é feito pela serra sem qualquer vegetação entrando numa ou outra aldeia (Tamaguelos, com igreja dedicada ao Santo e com gente hospitaleira) até Verín.
Aqui vão encontrar um albergue pequeno, mas um edifício muito bonito. É uma localidade com uma bonita praia fluvial e monumentos de interesse. Esta etapa tem aproximadamente 30km.
Pernoitamos aqui e aguardamos que o dia seguinte corra tudo bem…

 

Ponte Romana - Chaves - 

 

Inicio da "grande travessia",

Ponte Romana em Chaves

Camarã Municipal de Chaves 

Igreja da Misericórdia - Chaves -

Igreja Matriz em Chaves

Passagem pelo Açude

Primeiro marco

199.355 Km até Santiago

 

Ao fundo vê-se Verín

Albergue de Verín

Jantar merecido...

 


Dia 13/07/2008: Upa, toca a levantar são 07:00h e apesar da etapa ser pequena (20 km) o certo é que temos que “botar pé na estrada”. Logo à saída do albergue virar á direita e seguir caminho pela estrada junto ao Tâmega ouvindo o chilrear dos pássaros e a corrente do rio até Arcuelos e só aí é que começa a terra batida onde atravessamos o rio para a margem direita seguindo junto deste e ao lado da montanha, tendo um percurso muito agradável e fresco, passando por aldeias como Retorta,
Matamá até Laza, vila simpática e ponto de chegada.
Chegamos na hora do almoço, e que fome, logo perguntamos onde comer e recomendaram-nos um
Bar, a Picota que tinha como cozinheira a dona e que cozinheira, que nos serviu muito bem na hora do almoço, jantar e ainda teve a amabilidade de fazer-nos o pequeno-almoço, pois no outro dia a saída era muito cedo.
Após o almoço toca a ir para o albergue, muito bom e novo com espaço envolvente muito agradável
(alias como todos) e toca a descansar dado que amanhã o dia vai ser muito difícil…
Aqui conhecemos duas Alemãs, um casal de Franceses (velhotes) que já estavam a peregrinar desde o dia 01/03/2008 e Paco, um Espanhol reservado mas muito simpático de Múrcia.

 

Inicio do 2º dia 

Verín

Igreja em Verín

Pelos trilhos de Verín a Laza

 

 

Rio Tamega

É só caminhar...

Albergue de Laza

As alemãs Doris e Liza...

...e amanhã é um novo dia!!!

 


Dia 14/07/2008: Arrear por volta das 05:30h pois o dia vai ser longo e pesado.
Após pequeno-almoço, ala que se faz tarde, ainda é de noite, temos que levar as lanternas ligadas para podermos ver as marcações do caminho e podermos orientarmo-nos. São mais ou menos 3 km pela estrada até Soutelo Verde, depois entramos na terra batida até Tamicelas, onde tem início uma subida com mais ou menos 5 km até Albergaria, aldeia típica com um bar “Rincon del Peregrino” muito pessoal e a visitar, pois está forrado (paredes e tecto) com vieiras assinadas pelos peregrinos e onde podes comer.
Logo de seguida ainda sobes um pouco até à estrada e quando chegares a uma grande Cruz então avistas um enorme Vale e é só descer até Vliar de Barrio, mas cuidado com a descida, esta, é muito traiçoeira.
Em Vilar de Barrio paramos para descansar e comermos, arranjamos um jardim (publico) para dormitar e carregar baterias para o resto do dia.
Foi rápida esta etapa, 23 km, mas ainda falta para Xunqueira de Ambia mais 13 ou 14 km e um Vale que demora uma eternidade a passar, levar água pois só encontram uma fonte com água fresquinha em Bovéda e ainda falta (dizem eles) 5 km. Apesar do cansaço estes últimos km´s são de uma beleza enorme, atravessando zonas de arvoredo e vegetação densa muito bonitas, assim como montes com vista para o Vale.
Assim chegamos a Xunqueira, mortos de cansaço mas felizes…, agora, aguardamos pelos outros peregrinos amigos, Mentor e as outras novidades, Mestra e XXL (delicadas, de educação rara, de uma simpatia imensa e de uma beleza enorme, gostamos muito delas). Após o banho fomos então esperar os amigos que vinham encontrar-se e acabar o caminho connosco. Fomos comer e carimbar os passaportes (deles) para fazermos a preparação para os dias seguintes…

 

É de "madrugada" que se começa o dia

 

As paisagens do Caminho

...tomar o pequeno-almoço...

... olhem só este "café"!!!!

 

 

aconchegar a barriga

devagar se vai ao longe...

...até parece o 3º templário???

 

mais uma subida

O que será que este rapaz estava a fazer???

 

Ora aqui está o Albergue, uff!

 

 


Dia 15/07/2008: Levantamo-nos por volta das 06:00h. Tomar o pequeno-almoço e toca a caminhar saindo pela parte desportiva da vila e cruzando o rio Arnóia pela ponte romana.
É uma etapa curta, aproximadamente 22/23 km mas dura, não pelo relevo mas sim por ser essencialmente estrada o que custa bastante pois o caminho torna-se muito regular e cansativo.
Mas lá fomos andando com mais ou menos dificuldades e com alguma expectativa para as mais novas, porque caminhos e trilhos é que nada…
Pelo caminho tivemos necessidade de alimento então paramos em Reboredo num bar onde se comeu uma tortilha e bebeu uma “canha” para confortar as maleitas da estrada. Após barriga cheia vamos ter de passar pela zona Industrial (nada agradável) e seguir até próximo de Ourense, Seixalbo, onde mais uma vez tivemos que parar, muita sede…
Por fim, lá chegamos a Ourense, cidade nascida num cruzamento de caminhos que nos levam ás famosas fontes termais de “As Burgas”. È uma cidade que não podemos deixar de visitar com calma e ver toda a sua beleza tanto natural como monumental.
O dia obriga a uma ida directa para o Albergue (antigo convento de São Francisco), renovado e muito bom. Agora é hora de almoçar e visitar a cidade e como primeiro monumento a Catedral de San Martin, construída no século XII e XIII, Plaza Maior, o seu comércio e a tão famosa fonte de Las Burgas e a sua água termal vinda, dizem as lendas Celtas de um vulcão existente na serra de Montalegre.
A noite chega, jantar, brincar, dormir…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia 16/07/2008: O levantar hoje é por volta das 06:30h. Não existem pressas a etapa também não é longa 23 km. Tomar o pequeno-almoço e vamos a isto…, descemos pela cidade passando na Catedral e seguindo para o rio Minho para o cruzarmos pela magnífica “Ponte Vella” ou
“Ponte Maior” , construção Romana e mandada construir pelo imperador Trajano
Após passagem temos que decidir se vamos pela direita ou pela esquerda, isto porque existem dois caminhos até Cea um com um percurso mais por estrada e outro por trilhos. Bom, por unanimidade optamos pelos trilhos e assim fomos (esquerda), só que após a saída de Ourense e passagem por Quintela demos com uma subida com 19% de inclinação e com cerca de 1 km de extensão (Requeixo), foi logo a matar. Finda a subida o merecido descanso, o retemperar de forças é obrigatório e a paragem é feita num café. Quando as forças recuperam a caminhada prossegue entre caminhos e arvoredo (em alguns sítios denso) até Mandrás com ponte Romana (penso eu) muito bonita, e que é pretexto para uma pausa, fotos e matar da sede numa fonte. De seguida encontramos um café onde nos servem uns bocadillos regados com cerveja. Aqui é necessário comer pois não encontramos mais nenhuma casa aberta para alimentar estes corpos. Seguidamente como esperado, o caminho continua entre vegetação luxuriante e agradável. O cansaço e o calor começam a fazer efeito mas Cea está aí, uma vila em granito onde as casas continuam a manter a sua traça antiga dando a sensação de estarmos muitos anos atrás. Mas o melhor estava no seu albergue, edifício recuperado em granito com as alterações devidas para dar acolhimento aos inúmeros peregrinos que decidem pernoitar ali, muito bom. Depois de nos refrescarmos por dentro e fora num bar perto com as nossas amigas Alemãs, resolvemos fazer o jantar no albergue, fizemos umas compritas e contamos com a colaboração da vizinhança do albergue para nos darem azeite, knoor, alface, cebola, enfim o que necessitássemos para os nossos condimentos alimentares. Foi muito giro este jantar, porque também reuniu as Alemãs Dóris e Liza. De seguida arrumar e preparar as coisas para o dia seguinte e dormir (alguns meninos ainda foram beber qualquer coisa).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia 17/07/2008: Arrear por volta das 05:00h. Hoje o dia vai ser longo, vamos para Bendoiro passando por Castro Dozon. Decidimos fazer duas etapas para diminuir os dias de caminhada e passar pelo Mosteiro de Oseira. O dia não correu como planeado, dado que o 1º objectivo (Mosteiro) não foi atingido, enganamo-nos e fomos, directos a Castro Dozon, mas não há problema e ainda bem se não o caminho tornava-se mais longo e mais difícil.
Dado que saímos cedo, cedo chegamos a Castro Dozon, vila sem muito que contar e que serviu para tomarmos o pequeno-almoço retemperar forças e toca a andar. Pelo caminho deixamos aldeias como Porto de Souto, Cotela e outras, o caminho é agradável porque é feito por trilhos com muita vegetação e serra, muita. Mas o caminho começa a ficar “pesado”, pois os km acumulam-se o calor aperta a fome desperta e era hora para almoçar. Por onde passamos informam-nos que só em Lalin é que existe restaurantes, ainda falta muito mas temos que continuar a caminhar até esse destino.
Após almoço, retomamos caminho até Bendoiro, novamente por caminhos muito bonitos.
Chegados ao Albergue e ao fim de mais 37 km é hora do banho e de preparar a comida. Mais uma vez resolvemos comer no albergue só que os condimentos não existem e é necessário comprar, vamos ter que nos deslocar aproximadamente 2/3 km até ao super mais próximo, mas tudo se resolve e acaba como deve ser, bem e bem aconchegadinhos. Agora é hora de descansar, até amanhã…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia 18/07/2008:Destino:Vedra, 34 km. Cá vamos nós novamente para mais uma etapa deste caminho maravilhoso. Saída, cedo como costume (05:30h) e a caminhar de noite. Ao arriar do dia mais um engano pois ao chegarmos a Taboada e ao atravessarmos o rio Deza enganamo-nos devido a uma paisagem maravilhosa sobre o rio e com vista para a ponte do caminho-de-ferro. Andamos mais 2 km em vão até retomarmos caminho certo e aí sim, podermos passar na ponte Romana na calçada e ver a sua igreja Romana. Mais uns km e estamos em Silleda onde paramos para o pequeno-almoço. O caminho segue por campos e riachos até Bandeira, local definido para uma paragem afim de se almoçar. Barriguinha cheia com tapas, pão e vinho branco fresquinho ai que vontade de caminhar. O calor continua o que vale é que existe muita sombra e vai dando para brincar e desfrutar deste ambiente maravilhoso até Dornelas onde está a Igreja de San Martinho com um relvado fresquinho junto ao templo e aos templários. Neste local decidimos descansar um pouco e encher as garrafas com água fresquinha (não na igreja) e dar uns mini banhos para ficarmos mais frescos e continuar dado que ainda falta uns km e umas horitas. Frescos, radiosos lá vão eles até a próxima paragem entre arvoredo, cavalos, potros, cobras?, pássaros e passaras e outros animais. Perto do Prado pára-se para o “malte” e outras bebidas e informam-nos que ainda falta 7 km até o albergue de San Pedro de Vilanova em Vedra, ai tantos km e ainda temos que passar Ponte de Ulla e depois é sempre a subir (4km) até ao albergue passando pela igreja e fonte de Santiaguinho. Tudo se faz com maior ou maior sofrimento, depois a devida recompensa e o descanso. Para jantar temos que nos deslocar até á estrada principal, ainda é longe mas contamos com a boa vontade das pessoas e conseguimos boleia para baixo e cima em carros normais para 7 adultos, obrigado. Vamos dormir e pensar que amanhã é o grande dia e que vamos poder dar o abraço sentido ao nosso amigo Santiago. Até amanhã…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia 19/07/2008:Mais uma vez, por a pé ás 05:30h, arrumar as tralhas, comer qualquer coisa e vamos nós…É de noite e obriga o uso das lanternas dificultando a visão no que diz respeito ás marcações no terreno, mas com cautela para não nos enganarmos. Quisemos sair cedo e percorrer os últimos 17 km para podermos estar presentes na missa do peregrino que se realiza todos os dias ás 12:00h. Como disse, saímos cedo, e a paisagem acabou por passar despercebida, mas não existe muita coisa que contar dado que este troço do caminho faz-se essencialmente pelas aldeias circundantes a Santiago e por caminhos alcatroados.
Já de dia, a fome aparece, só que não existe nada aberto até que muito perto de Santiago lá encontramos um café que acaba de abrir saciando-nos o apetite matinal e ajudando-nos no resto do caminho.
Chegados ao destino, e com a consciência de que mais um objectivo foi atingido, é hora do abraço a todos aqueles que me acompanharam em mais uma etapa da minha vida.
De seguida, fomos a Praça das Praterias onde está a fonte para cumprir o ritual da purificação, lavamo-nos, para depois entrar na Catedral e cumprimentar o Santo, com esse abraço sentido de cada um de nós e assistir á missa do peregrino (com bota fumeiro e tudo).
O final aproxima-se e após almoço, é hora de apanhar o comboio e regressar a casa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

 O meu muito obrigado a todos os que me acompanharam nestes dias maravilhosos e até um dia…
ULTREYA

 


publicado por Bolhas e Ampollas às 21:20
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Segunda-feira, 5 de Novembro de 2007
Cidade de Santiago de Compostela
Santiago de Compostela é a capital da Galiza (Espanha), localiza-se na Corunha, de área 221,50 km² com população de 92.298 habitantes (2004) e densidade populacional de 416,70 hab/km².
É uma cidade mundialmente famosa pela sua catedral de fachada barroca onde acorrem os peregrinos que perfazem os Caminhos de Santiago de maneira a depararem-se com o manto de Sant'Iago, um dos apóstolos de Cristo, cujo corpo se diz que foi trasladado para aquele lugar.
No território que actualmente ocupa a catedral de Santiago existia um povoado romano, que se tende a identificar como a mansão romana de Aseconia, que existiu entre a segunda metade do século I e o século V. O povoado desapareceu mas permaneceu uma necrópole que esteve em uso, provavelmente, até o século VII.
O nascimento de Santiago, como se conhece agora, está ligada à descoberta (presumível) dos restos do Apóstolo Santiago entre 820 e 835, à elevação do nível religioso dos restos, à Universidade e, mais recente, à capitalidade da Galiza.
Segundo a tradição medieval, como aparece pela primeira vez na Concórdia de Antealtares (1077), o eremita Paio alertado por luzes nocturnas, que se produziam no bosque de Libredão, avisou o bispo de Iria Flavia, Teodomiro, que descobriu os restos de Santiago o Maior e de dois dos seus discípulos, no lugar que posteriormente se levantaria Compostela, topónimo que poderia vir de Campus Stellae, isto é "campo de estrelas", ou mais provavelmente de Composita Tella, "terras bem ajeitadas", eufemismo de cemitério; ou mesmo "[Ja]Com[e A]postol[u]"). A descoberta propiciou que Afonso II, necessitado de coesão interna e apoio externo para o seu reino, fizera uma peregrinação que anunciou no interior do seu reino e no exterior, a um novo lugar de peregrinação da cristandade num momento em que a importância de Roma decaíra e Jerusalém não era acessível por estar em poder dos muçulmanos.
Pouco a pouco foi-se desenvolvendo a cidade, primeiro estabeleceu-se uma comunidade eclesiástica permanente a cargo dos restos a topados formada pelo bispo de Iria e os monges de Antealtares, espontaneamente assentou-se uma população heterogénea, ainda que fundamentalmente estava formada por emigrantes procedentes das aldeias próximas, que foi aumentando à medida que se desenvolvia a peregrinação por razões religiosas por todo o ocidente peninsular, reforçado pelo privilégio concedido por Ordonho II no ano 915 pelo que se estabelecia que quem quer que permanecer quarenta dias sem ser reclamado como servo passava a ser considerado como um homem livre com direito a residir em Compostela. A cidade foi destruída por Al-Mansur em 10 de Agosto do ano 997, que tão só respeitou a sepultura do apóstolo. Após a volta dos habitantes começou a reconstrução, o bispo Cresconio, a meados do século XI, dotou a cidade dum cinto de fossas e uma muralha como medida defensiva.
No ano 1075 deu-se início à construção da catedral românica reflectindo, de imediato, no aumento da peregrinação à Compostela, definindo-a como um lugar de referência religiosa na Europa. Com esse aumento, sua importância, que se vê recompensada também politicamente, tornando-a, na época do Arcebispo Xelmírez, à categoria de metropolitana compostelana (1120). Entre os séculos XII e XIII foi-se artilhando a rede de ruas dentro do recinto amuralhado. A chegada da Peste Negra à cidade seguido de uma forte recepção demográfica, a partir de 1380 recuperou a população e no século XV tinha entre 4.000 e 5.000 habitantes.
A fundação da Universidade no século XVI dá-lhe um novo impulso à atracção de Santiago, em particular na Galiza, a qual continuará tendo ainda apesar da descida relativa da importância da cidade.
O estabelecimento da autonomia da Galiza fixado pela capital galega, obtendo como consequência um novo pulo no fim do século XX que contrastou amplamente a descida relativa da importância como cidade universitária ao criarem-se as universidades de Vigo e Corunha
 
 


publicado por Bolhas e Ampollas às 22:26
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Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007
Caminhada de 2006 - Valença - Santiago de Compostela
Bem, vamos começar a relatar o nosso caminho do ano passado, acompanhado por um diário do Caminho. O diário foi escrito pela Isabel (eu), mas vai dando pontos de referência o que é uma mais-valia para quem quer fazer o Caminho Português!!!
Valença - Porriño
02 a 07 de Setembro de 2006
 
Dia 2/9 - Saímos de Estarreja no comboio das 7 horas da manhã, nele já vinha o resto do pessoal de Aveiro, mudamos de comboio em Campanhã e chegamos a Valença por volta da hora de almoço. Almoçamos umas sandes junto a igreja de Valença, carimbamos os passaportes e seguimos para Tuy. Em Tuy fomos a igreja, mas não podemos entrar porque havia um casamento, mas o sacristão está a porta para por os carimbos, descansamos um pouco e seguimos caminho para Porriño, onde íamos ficar a dormir. Existe uma recta na zona industrial de Porriño que é “dose”, passar aquela recta ás 4 da tarde é coisa que nunca mais torno a repetir. Bom depois de passar a recta e a ponte para o outro lado e sempre a pensar que o albergue ficava perto… outra recta mas esta já dentro de Porriño.
Bem lá chegamos nós ao albergue, nem sei que horas eram, e o albergue fechado, foi o Tozé e o Zé a policia e lá vieram eles abrir-nos a porta. Que espectáculo de albergue e todo por nossa conta, tomamos um banho e fomos jantar, melhor fomos buscar comida e comemos no albergue e depois cama. Uma boa noite de sono e cansados como estamos vai ser uma maravilha, amanhã vou ver como tenho os pés, duas bolhas eu já ganhei, não devia ter tirado as botas, vamos lá ver… a 1ª etapa correu bem, as saudades dos meus meninos é que são muitas, telefonei mal cheguei, e está tudo bem.

Fotos do 1º dia

 

 

 

Partida da estação de Estarreja às 7 horas da manhã.

O Tozé (meu marido), a Sandra e eu

 

dentro do comboio com destino a Porto Campanhã.

O Zé, Sandra, a Luisa,a C e eu

Chegados ao Porto fomos apanhar outro comboio para Valença

 

Igreja de Valença

1º Carimbo nos Passaportes do Peregrino.

São estes carimbos que nos vão dando direito a dormir nos albergues gratuitamente.

Pausa para o almoço

E aqui está o grupo completo

Em cima da esquerda para a direita está o Zé e Tozé

Em baixo da esquerda para a direita está a Luisa, eu, a C e a Sandra

Ponte de Valença - Tuy

Lado dos tugas

Lado dos galegos

Igreja de Tuy, onde não podemos entrar por se estar a realizar um casamento, mas o sacristão estava a porta para nos por os carimbos

Mais uma vez o grupo a porta da igreja, quem nos tirou esta foto foi uns portugueses que também fizeram o Caminho, nunca mais os vimos, até que um dia destes um deles me enviou um mail, devido a umas fotos que eu enviei para o Portal do Peregrino, é o bom do caminho, são as amizades que fazemos e a partir daqui começa o nossso Caminho.

 

 

 

Ponte das Febres

 

 

 

 

 

 

Albergue de Porriño

 

 

 

E aqui estão estes meninos, já de baninho tomado, e nós também...fomos comprar uma comidinha e fomos para o albergue comer.

 

E aqui está o Zé a lavar a loiça que sujamos, porque todo o peregrino deve deixar o albergue limpo, tal qual o encontrou. Nos albergeues dão.nos uma cama, e água quente, alguns com lavandaria (este tinha). Não é nenhum Hotel de *****, mas é muito bom depois de um dia de caminhada ter-mos isto a nossa disposição, o minímo que se pede é que se deixe o albergue limpo e uma contribuição no minimo de 3€.

Que mais querem???

Amanhã é outro dia...



publicado por Bolhas e Ampollas às 15:00
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Quarto e quinto dia de Caminho

Caldas de Rei - Teo

Dia 5/9 Dormimos como uns anjos, saímos do pavilhão era 6 da manhã, ainda foram lavar novamente os pés com água quente e lá fomos nós de foco aceso pois ainda não tinha amanhecido, mas quando o dia começou a nascer foi tão bom, as paisagens são tão bonitas, as pessoas tão simpáticas sempre que vêm um peregrino perguntam logo se querem agua ou fruta, passamos por aldeias tão rústicas íamos a comer fruta tirada das arvores, tendo sempre atenção para ver se não tinha remédios, e lá fomos nós devagar até chegar a Padron, já quase a chegarão centro de Padron, passamos por uma casa sem portões, mas com uma boa relva e sombra, resolvemos entrar e deitamo-nos na relva enchemos as garrafas de uma torneira que ali estava de regar a relva, se a dona nos viu, não disse nada e estava em casa porque as janelas estavam abertas. Chegamos por volta da hora de almoço, devia ser 1 hora. Padron é uma cidade pequena, mas acolhedora tem um parque junto ao rio cheio de sombra que foi uma maravilha. Comemos aí nesse parque numa esplanada que fica perto da Igreja de Santiago de Padron, onde está a pedra onde a barca que trazia o corpo de Santiago atracou. Dizem os de Padron que Santiago está lá debaixo daquela pedra… Almoçamos que foi um regalo, trouxeram-nos um vinho verde tão fresquinho, nem tenho palavras para dizer o que este almoço me soube bem. Senão fosse as minhas lindas bolhas, estava tudo perfeito. Logo depois de almoço deitamo-nos nos bancos do jardim a descansar e a dormir, mas quem é que conseguia dormir com o calor que estava. Deviam ser umas 3 horas decidi ir ao Centro de Saúde, ainda bem que tratei na Segurança Social do cartão de assistência médica no estrangeiro (E111), fui logo atendida e o centro vazio, aqui em Espanha as pessoas não devem estar doentes!!!! A esta hora em Portugal os centros estão cheios de gente. Lá me fizeram um penso aos pés, deram-me adesivos e ligaduras. Foram muito simpáticos. Fui ter com o resto do pessoal que já estavam num bar.
Deviam ser umas 5 horas partimos para Teo, onde fomos dormir no albergue, foi um trajecto bom e lindo de fazer, passamos pela Fundação Camilo José Cela que foi prémio Nobel da Literatura, pelo Colégio Santa Maria de Iria, mais a frente o Santuário Mariano da Esclavitude que tem umas torres parecidas com as de Santiago mas em ponto pequeno e depois por o meio de muitas aldeias. Nós sempre que perguntamos quantos quilómetros faltam, dizem sempre 3 km, mesmo que faltem 5. Já devia ser umas 9 horas da quando chegamos ao albergue de Teo, que é muito simpático, é pequeno mas é engraçado. Se soubéssemos, tínhamos já comprado comida, pois aqui perto não há restaurantes, existe um comercio um pouco mais acima onde o Tozé, Zé e Luísa foram comprar umas latas de comida e aquecemos aqui no albergue. No fundo foi o jantar mais divertido, pois eles trouxeram o que havia, então misturaram numa panela, dobrada com feijoada…comeu-se tudo. Neste albergue encontramos dois brasileiros e uma espanhola, a Encarnacion, que já tínhamos estado com eles em Pontevedra. Reparei que ela trazia uma mochila pequena e perguntei-lhe como é que ela conseguia trazer tão pouca roupa, foi então que ela nos mostrou que a roupa, era daquele material dos equipamentos desportivos, ocupa pouco espaço, é leve e seca depressa. Tenho os pés que nem os sinto mas tem valido a pena, nunca na minha vida pensei conseguir chegar até aqui. Passar por esta experiência foi uma das coisas melhores que eu tive, a primeira foi ter tido os meus filhos, também tenho um marido fantástico que me incentiva e ajuda. Tem sido tudo uma maravilha.
Fotos do 4º dia

 

Ora aqui estamos nós a lavar os pézinhos antes de seguir caminho

Noite escura, ainda não se via ninguém na rua, mas a madrugada já estava quente

 

Aqui já estava a amanhecer. Ver o amanhecer no meio de bosques é uma coisa...encantadora!!!!

Paragem para um breve descanso

Mais outro descanso...

Aqui já se vê Padron ao fundo...

e, aqui estamos nós a descansar mais um pouco na casa de...não sei quem...

Padron, foi nesta alameda que comemos, numa esplanada lá no fundo por baixo dos plátanos e também onde dormimos uma soneca a tarde nos bancos de pedra.

 

 

Aqui está a pedra (padron) onde amarraram a barca com o corpo de Santiago. Dizem os de Padron que os restos de Santiago estão ali...

Fachada da  Fundação Camilo José Cela

Aqui, mais uma paragem, pois as gentes locais são muito simpáticas e deram-nos água e fruta.

Aspecto de uma aldeia

São tão engraçadas estas ruelas...

Santuário Mariano da Esclavitude as suas torres são idênticas as da Catederal de Santiago de Compostela, mas em ponto pequeno.

Mais um incêndio

e já perto do albergue de Teo

 

 

Quinto dia de Caminho 

Teo - Santiago de Compostela

 

 

Dia 6/9 – Ontem nem dei conta de ter adormecido, acho que mal me deitei, dormi logo. Hoje faz anos a minha cunhada, a Sandra. Que rico dia que ela teve, a caminhar até Compostela. Saímos do albergue por volta das 7 horas, estávamos todos com pressa pois faltava pouco para Santiago e queríamos chegar e ir a missa do peregrino. Guardamos um pouco de pão e vinho da noite anterior, que era para no sítio onde se avista-se as torres de Santiago comêssemos pão e bebêssemos o vinho pois, “com pão e vinho se faz o Caminho”. Azar o nosso que ainda estava nevoeiro e não se viam bem, mas viam-se, lá bebemos um pouco de vinho e comemos o pão e seguimos viagem. Esta foi a parte do trajecto que menos custou, deve ser por estarmos perto. Quando chegamos a Santiago, notou-se logo, o transito imenso, e tivemos que subir a subida do hospital que não é nada meiga. Mas lá seguimos nós, quando chegamos a jardim e vi a Porta da Faxeira deixou-me de doer os pés. Paramos aí todos contentes, pois essa é a rua que nos leva a Catedral, fizemos uma festa. Fomos directos a Praça das Praterias, onde tem a fonte atrás da Catedral, pois os antigos peregrinos não entravam na igreja sem se irem lavar aí e aí vestiam roupa limpa para ir abraçar o amigo Santiago. É claro que não fomos mudar de roupa, mas foi um gesto simbólico. Depois fomos a missa do peregrino, que encheu a igreja e ela é grande!!! Fomos depois a Oficina do Peregrino carimbar o passaporte e receber a Compostela. Aí foi uma alegria tão grande, a partir desse momento fui considerada uma peregrina de Santiago de Compostela, quando chegar a casa vou fazer um quadro da minha Compostela e do Tozé, há-de estar sempre em lugar de destaque.
Fomos comer, que também é preciso, e a tarde lá fomos nós cumprir os rituais. Entrar na catedral pelo Pórtico da Gloria, por a nossa mão na arvore de Gissé, para a nossa vida prosperar, bater com a nossa cabeça na cabeça do Mestre Mateo (que foi quem fez o maravilhoso Pórtico da Glória, e o povo de Compostela achou-o tão bonito, que tirou os olhos ao homem para ele não fazer mais nenhum igual, coitado não era preciso tanto), mas é uma tradição antiga que os universitários faziam antes dos exames, para o Mestre lhes dar inspiração. Seguidamente e como não podia deixar de ser, fomos dar o abraço ao Santiago, que desta vez foi um abraço diferente, foi um abraço sentido e de agradecimento e de…tudo. Oramos, rezamos. Pedi o que me levou ali e sabe Deus o que me custou pedir.
E lá fomos nós comprar os regalos como não podia deixar de ser, tinha que trazer uma prenda aos meus filhos, não vejo a hora de os ir buscar a casa da tia é umas saudades que tenho deles. Decidimos passar aqui a noite e ir amanhã no comboio das 6.20h. e estou aqui no seminário, mas estou a detestar, que sitio mais deprimente, não era eu que punha aqui um filho…isto deprime mesmo, parece um campo de concentração com grades na janela, vou tomar banho, até isso é horrível, os quartos de banhos são comuns a homens e mulheres embora tenham gabinetes fechados e individuais. Não me apetece estar aqui, bom, vou tomar banho e depois logo se verá.
Fotos do 5º dia

 Aqui estamos nós fresquinhos a saída do Albergue de Teo

Pois é hoje que vamos chegar a Santiago de Compostela

Aqui estou eu com o meu marido e eu de chinelas novas, dois nºs. acima do que eu calço...

Aqui, é onde se avista pela primeira vez  a Catederal de Compostela

 

 

 E como o caminho se faz com pão e vinho, nós, em gesto simbolico, comemos um pouco de pão e bebemos um pouco de vinho.

Pois o Zé, o nosso Mentor, teve o cuidado de guardar do jantar da noite anterior... 

 Aqui está o Batedor...

Eu 

a Luisa 

E CHEGAMOS A SANTIAGO DE COMPOSTELA 

Aqui estamos nós na Porta da Faxeira onde me deixaram de doer os pés e as bolhas, etc...

A Porta da Feixeira é a entrada do Caminho Português

 

Fomos pela Rua do Franco...

 

...até a Prça das Praterias

onde em gesto simbolico lavamos as mãos, pois outrora era aqui que os peregrinos se lavavam antes de entrar na Catederal

Aqui estamos na Praça do Obradoiro. Nós estamos virados para a Catederal, atrás de nós fica o Paço de Raxoi, sede do Ayuntamento e Presidencia de la Xunta de Galicia,  ainda se vê um pouco ao fundo o Hotel dos Reis Católicos e do outro lado que não se vê na foto, portanto do lado onde eu estava a tirar a foto  é o Colégio S. Jerónimo onde funciona a reitoria da Universidade de Compostela.

Altar da Catederal 

Luisa a por a mão na árvore de Gizé 

 Tozé

Zé a dar as trés "cabeçadas" na cabeça do Mestre Mateo 

Junto a Porta Sagrada 

Esta porta foi por onde entrou os restos mortais de Santiago. Só é aberta no ano de Jacobeu, que é quando o dia de santiago calaha a um Domingo. 

Oficina do Peregrino 

 

A carimbarem o meu passaporte e é neste momento que serecebe a Compostela 

 O Tozé a receber a Compostela, é nesta altura que nós nos tornamos Peregrinos de Santiago de Compostela.

O cansaço do fim do Caminho 

 

mas há sempre tempo para beber umas "cañas" 

A ida para o Seminário 

Um pequeno descanso 

A partida para a noite... 

 

 

Jantamos umas tapas 

 ...e como aquele bar fechou fomos para outro...mas o cansaço era muito e resolvemos ir dormir...

 

...para esta maravilhosa suite

este foi o nosso quarto, um banco de pedra em frente a estação.

 



publicado por Bolhas e Ampollas às 14:55
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Regresso
"Esta parte do Diário do Caminho, tem uma parte muito minha, muito pessoal, que ao principio eu estava para a cortar, mas resolvi deixa-la estar, pois é uma prova da minha fé e uma prova, para quem acredita, na força que Santiago tem."
Santiago de Compostela - Portugal
Dia 7/9 – Hoje foi um dia muito especial, nem sei explicar, nem sei como estou a escrever mas cá vai. Ontem acabamos por não dormir no seminário. As 10 da noite vieram-nos apagar as luzes e disseram que a partir daquele momento não se podia fazer barulho, ouvir rádio ou falar aos telemóveis. O Zé, a Sandra (que ainda por cima fazia anos) e eu ficamos virados do avesso e resolvemos vir embora é claro que o meu marido veio embora comigo e a Cármen e a Luísa também se pisgaram. Os padres ficaram olhar para nós, mas nós pouco falamos, ainda por cima aquele é o único albergue que nos obrigaram a pagar 5€. Viemos jantar e depois andamos de bar em bar, até que fomos dormir para a estação, mas foi melhor ali do que naquele campo de concentração. Lá apanhamos o comboio e depois mudamos em Redondela, pois tínhamos de ir a Porriño buscar o que lá deixamos, mas foi o Tozé e o Zé e nós seguimos para Valença e lá esperamos por eles. Demoraram pouco, apanhamos o comboio para o Porto, foi uma viagem tranquila e divertida. Em Ermesinde recebi o telefonema do hospital a dizer que a minha mãe não passava de hoje, já se estava a espera pois desde Janeiro considerada terminal e em estado vegetativo… o resto da viagem já foi complicada. Mas eu estava a espera. Cheguei a Estarreja e viemos de táxi para casa, pois andar já não dava, tomei um banho, telefonei para o Hospital de Trabalhos Continuados a dizer que ainda hoje ia lá. O médico que sabia que eu estava a fazer uma peregrinação disse-me logo que não, para descansar que depois falava comigo. As 17.00h . a minha mãe faleceu depois de 11 meses a sofrer com um temor na cabeça. Ela sabia o quanto eu gostava de ir a pé a Compostela, parece que ela esteve este tempo todo a espera que eu fizesse a peregrinação para depois ir-se em paz. Eu pedi para ela não sofrer mais e Santiago atendeu-me. Ela não sofreu mais. Amanhã vou busca-la. Foi muito duro este ano, perder o meu pai de repente em Maio, desde Janeiro que a minha mãe não fala, não vê, não anda e parece que esperou este tempo todo para morrer em paz…e curiosamente este foi o primeiro ano que ela não foi a Santiago, ela adorava vir comigo a Santiago de Compostela.
Agora eu entendo a força e a fé do Caminho e este Caminho para mim vai ser sempre especial. Mesmo assim eu digo que valeu tudo a pena e foi uma lição de vida que eu tive da qual nunca mais me vou esquecer. Vale a pena fazer este caminho, pela fé, pela esperança, pela parte mística, por tudo. Todos nós temos um Caminho a percorrer. E mesmo que se vá em grupo o caminho é sempre “nosso”, porque cada um sabe como vai e porque o faz, cada dia que passa ganhamos um motivo, parece mágico.  
 
ETAPAS:
1ª – Valença – Porriño
2ª - Porriño – Pontevedra
3ª – Pontevedra – Caldas de Rei
4ª – Caldas de Rei – Teo
5ª – Teo – Santiago de Compostela
Fotos da viagem de regresso
Apesar de uma noite mal dormida, até que estamos bem dispostos
Ora aqui está uma reliquia portuguesa, estas coisas não se devem perder...
Aqui está o Zézinho a fumar um cigarrito...
E aqui estamos nós em Campanhã a espera do comboio de regresso a casa e a ler o jornal para saber de noticias de cá...
 
O Caminho está lá e pertence a quem caminha.
Qualquer um pode afivelar a mochila e botar o pé na estrada.
...o motivo que o leva a percorrer o Caminho de Santiago é pessoal. Não existe um motivo certo ou errado adequado ou não , existe o seu motivo.
Walter Jorge
 


publicado por Bolhas e Ampollas às 14:55
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